Sim, acredito que a família é um sonho possível. Acredito que mesmo vivendo em um mundo de rápidas transformações, a família é importante como espaço de acolhimento, educação dos filhos. Primeiramente, a família precisa estar fundada no amor do casal.
Este amor do casal começa com a troca de olhares, conversas, e enfim o namoro. É com o namoro que o casal nutre seu relacionamento, o qual bem vivenciado, será espelho para os filhos. Mas, o que é namoro?
Segundo o dicionário Aurélio:
Namoro é o ato de namorar, relação de interesse amoroso recíproco.
Namorar é andar de namoro com alguém, ser namorado, enamorar-se.
Enamorar é inspirar amor, apaixonar-se.
Amor é sentimento que predispõe alguém a desejar o bem do outro, sentimento de dedicação
absoluta de um ser a outro, ou a uma coisa.
Namorar passou por uma evolução muito grande e suas novas concepções por vezes nos assustam, mas não é isso que deve ser salientado. A mensagem que deve ser assimilada é que, com mudanças ou não, namorar é bom – é muito bom!
Retornemos no tempo e lembremos de quando nós nos apaixonamos por nossos maridos, por nossas esposas. Tudo ficou cor-de-rosa. Veio uma força tão grande que a gente achou que podia vencer qualquer dificuldade. A paixão virou amor, e como o casal ficou mais forte para enfrentar dificuldades e mais alegres para aproveitar o que há de bom. Ah! O amor. Com toda esta empolgação aconteceu o casamento.
Tão logo aconteceu a união através do casamento, surge a atenção aos aspectos práticos da vida em comum: contas, filhos e sua assistência, objetivos profissionais e responsabilidades domésticas, voluntariado. Em meio a tantas preocupações, muitas vezes aconteceu o descuido no relacionamento, até que pequenos aborrecimentos viram sérias crises e, em alguns casos, com necessidade de ajuda externa.
É preciso namorar mais. E como podemos namorar mais e continuar a namorar depois de anos?
Como tentativa de ajudar a nutrir o amor e afastar os aborrecimentos, busquei alguns conselhos de profissionais no assunto. Vamos a eles:
- Explorem a vida juntos; sempre há algo novo a descobrir (fujamos da rotina, pelo menos na maioria das vezes).
- Expresse o que você quer; seu cônjuge não pode ler sua mente (é importante conhecer as diferenças).
- Elogie seu cônjuge com sinceridade (a tendência é ater-se aos defeitos – é preciso a ajudar o outro a desenvolver sua autoestima).
- Elogie seu cônjuge na frente dos outros; o elogio público dura muito tempo.
- Toque seu cônjuge com carinho; o toque declara “eu te amo” de forma especial (cenestésicos).
- Sejam românticos; jamais deixem de namorar (ter tempo um para o outro).
- Respeite o direito de seu cônjuge à privacidade; o espaço individual é importante.
- Não temam as mudanças; elas podem significar crescimento num casamento (sair da zona de acomodação).
- Passem um tempo longe; os interesses separados geram interesse entre vocês, principalmente no caso de casais que trabalham juntos.
- Digam “eu te amo”; ouvir essas três palavrinhas é uma alegria só.
- Cuidem de sua aparência e que seja sempre a melhor; seu cônjuge merece.
- Discutam afavelmente, sem ameaças, acusações ou xingamentos.
- Estejam dispostos a se desculpar; amar é ser capaz de declarar: “sinto muito”.
- Perdoem amavelmente; o amor não é orgulhoso.
- Recebam os amigos; eles são parte do seu casamento.
- Riam juntos; o riso pode unir grandes distâncias (rir é terapia e não dá rugas).
- Chorem juntos; lágrimas divididas unem corações.
- Partilhem seus sonhos; a intimidade antecipa o amanhã.
- Surpreendam um ao outro; o inesperado mexe com o coração.
- Sejam frágeis; o casamento é interdependência.
- Sejam fortes; o casamento é interdependência.
- Realize coisas amáveis para seu cônjuge; seu próprio coração responderá.
- Respeite a família de seu cônjuge; agora você é parte dela.
- Busquem o amor; ele aí está até quando vocês não o “sentem”.
- Desfrutem o silêncio juntos; o silêncio entre amantes é um espaço sagrado.
- Recordem o passado; seu passado forma o presente e o futuro.
- Cuidem juntos da espiritualidade.
Todos somos sabedores destes conselhos, mas muitas vezes os deixamos bem guardados que até nos esquecemos de exercitá-los.
Lembremos sempre que amar é uma benção. Amar e ser amado são uma benção em dobro. Portanto, é um duplo bem. O bem a dois.
(*) Marlene de Fátima Merege Pereira – EPB Seccional de Curitiba